quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aonde Vivem Os Monstros?



E foi uma noite molhada. Aonde, um jovem garotinho fitava o tédio naquelas duas contas escuras, que conhecia por olhos. Sua mãe correu por ele, logo colocando algo ao aparelho de vídeo. Perguntas infindáveis, conforme a gastura da ansiedade tomava aqueles mirrados dedos infantis. O filme começava. Em letras grossas, ao coro do título: Jurassic Park.
Foi junto àquelas figuras tirânicas, que ele se deparou com uma nova escama do conhecimento. O que realmente o marcou foi o fato de poder trazer à tona figuras que antes somente pertenciam ao imaginário, e a quebra da barreira de se fazer o impossível à tela.  
A aparição do Braquiossauro, a surpresa dos paleontólogos — e aquele brilho nos olhos. Como criança, foi um dos momentos, que nunca se pode esquecer, gravado bem fundo na mente. Aquela musica… Aquela musica, não podia ser melhor. Não pode existir um momento mais puro em suas lembranças, aonde ele solta o mais verdadeiro dos sorrisos, que vem do interior da alma. Ao deslumbrar aquela cena do lago, aonde os dois dinossauros deixam a águas, às margens cercadas por outras mandas ao sol. E seguida da fala de Richard Attenborough: “Welcome, to Jurassic Park”.

Depois das quase 2,10 horas, dos 127 minutos, e dos 7,620 segundos; foi aquele o melhor e mais importante momento da vida daquele garotinho, que ficou quase que estático pelo mesmo período de tempo. O impacto que aquele filme gerou, foi simplesmente o marco de um sonho.

 Mike Mignola
Além de ser o filme que impulsionou a indústria para uma nova revolução, ao se conceber um filme, não mais limitando o artista às técnicas disponíveis, mas à vontade de sua imaginação, Jurassic Park foi o marco da utilização de efeitos concebidos por computador, e um dos passos mais importantes desferidos, do cinema analógico para se construir um digital. 
Por este ser seu primeiro filme, nunca antes apresentado a um longa-metragem, e pela gama de significantes depositados ao longo dos anos, e daquela lembrança — uma das mais marcantes partilhada junto da mãe. E as memórias do impossível, sempre instigaram aquela jovem mente.  
O que é o impossível... Além do possível; inatingido. Os limites do homem somente são determinado pela vontade; não das intempéries do destino, mas pela coragem dos sonhos.   

G. Giroto

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