Sempre fui ligado a música e ao rock,
isso vem do berço pelo gosto e profissão dos meus pais. Nasci em uma época onde
o rock já estava começando a perder força, a música electronica e o rap estavam
cada dia mais maiores, mas ainda não eram péssimas composições como hoje é o
sertanejo e o pop das rádios.
A música faz os problemas
desaparecerem, ou pelo menos serem menores, além de trazer uma questão de
construção de personalidade muito grande, podendo ser importante em toda a
forma que sua vida seguirá, os amigos que vai conhecer, com quem vai se
identificar, o lugar que gosta de frequenter e a pessoa que vai amar.
A minha primeira paixão musical dentro
do mundo do rock foi uma banda do estilo grunge chamada Nirvana. Ela
proporcionou um estilo de vida que anexou a música e o skate como gostos fortes
para mim. Havia apenas um problema, eu nunca poderia ver essa banda ao vivo, o
fato é que eu nasci em 1992 e o vocalista da banda Kurt Cobain se suicidou em
1994, quando eu tinha apenas 1 ano e 10 meses de idade.
Muitas bandas seguiram com influências
deixadas pelo Nirvana, mas uma era em especial, a banda formada pelo próprio
ex-baterista do Nirvana Dave Grohl em 1995. Após descobrir ela direito com meus
11 anos de idade, sempre sonhei e pensei em estar em um show dessa que teria o
ultimo resquício vivo do antigo Nirvana, o nome dessa banda é Foo Fighters.
Uma banda que lançou 7 CDs e que teve
presença marcante na minha vida, relacionamentos, vontades, sonhos e momentos.
O desejo de ver a banda ja estava um pouco apagado, pois não havia nem
especulações dela fazer um show no Brasil por anos e anos.
Foi então que aconteceu, após muitos
manifestos de fãs brasileiros a banda confirmou um show para o dia 7 de abril
de 2012 na cidade de São Paulo, em um festival chamado Lollapalooza. Depois de 17 anos de banda eles viriam finalmente para a América do Sul. Quando
soube do caso era outubro do ano passado, 2011, enquanto eu assistia ao vivo a
comissão de imprensa do festival, e a partir dai começaram as preparações.
Todo dia ouvia alguma coisa, seja do
Foo Fighters ou do Nirvana, procurava informações do show e via outros
concertos feitos pore eles em outros paises. Conforme foi chegando perto a
ansiedade aumentava. Por sorte minha mãe trabalha na área e quando chegou o
convite especial para o festival, possuía uma pulseira prateada que permitia a
entrada no camarim e assistir o show praticamente do palco.
Mesmo antes de acontecer eu já estava
feliz e satisfeito, contente por ter escolhido esse gosto musical que mudou muitas
coisas na minha vida, tracei um caminho que não me arrependo e me orgulho
muito, sou quem eu sou e tudo que fui na vida forma a minha pessoa e meu caráter
hoje.
E chegou o dia que eu contei os minutos
e os segundos para chegar, a caminho do festival o cd tocava Foo Fighters, e a
energia do dia era regada pelo rock, eu senti algo muito bom e forte. A área do camarim do Foo Fighters em especial
estava impossibilitada de entrar, mas muitos músicos de outras bandas
circulavam pela área dos camarins. O mais próximo que consegui foi um autografo
do tecladista de turnê da banda, o unico membro que saia do camarim, mas mesmo
assim eu estava satisfeito, estar lá era um sonho e o que estava por vir era
inimaginável.
Eram 21:30 quando o show começou, eu e
um amigo estavamos na boca do gol, quase dentro do palco vendo o show como
poucos puderam ver. 70 mil pessoas em delírio e uma emoção e energia que talvez
eu nunca tinha sentido antes. Cada música me lembrava uma época da minha vida,
um momento ou até uma pessoa.
Foram três horas seguidas emocionantes
e únicas, fazendo com que eu ficasse realizado, ligando a minha primeira grande
banda favorita Nirvana com o Foo Fighters e passando por lembranças e memórias
que formam o que eu sou e quem eu sou.
A música é incrível por infiltrar seus
pensamentos e sentimentos de um modo que você não imagina. É bonito cultivar
isso, e não ser regido pela moda onde uma música não é mais “legal” porque ela
é de 1 ano atras.
Show do Foo Fighters no Brasil 07/04/2012
"What have we done with innocence
It disappeared with time
It never made much sense
Adolescent resident
Wasting another night on planning my revenge"
It disappeared with time
It never made much sense
Adolescent resident
Wasting another night on planning my revenge"
(Monkey Wrench – Foo Fighters)
Antonio Curti.
Antonio Curti.
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